Consciência, mesmo num gesto simples

Estamos já em 2021… Céus, como o tempo voa!…

Desejo que te encontres bem e que a celebração das festividades tenha sido acima de tudo, com muito amor e saúde, junto de quem amas e queres bem.

Estarmos bem é cada vez mais uma preciosidade. E muitos de nós já descobriram, que não é preciso ter grandes luxos materiais para nos sentirmos bem, certo? O básico, o confortável, o saudável e bom, é o essencial para o nosso bem-estar diário. Até porque luxo, não tem de ser sinónimo de um grande investimento financeiro, pois pode ser algo tão simples como estar na presença de alguém que nos é muito querido.

Este ano começo com um texto que talvez possa soar a contestação, mas é minha intenção trazer luz à forma de nos consciencializarmos dentro da sociedade em que vivemos.

Buzinar….

Vivo numa ponta desta cidade linda que é Lisboa, mas que é isso mesmo…., uma cidade com toda a sua azáfama. Parece que numa cidade andamos todos um pouco acelerados…

Se há coisa que me incomoda bastante, são as buzinadelas “fáceis” no trânsito e as ultrapassagens “à maluca” de quem vai cheio de pressa para algures. Já para não falar no ruido das sirenes dos veículos prioritários, que nos entram pelos ouvidos dentro, seja a que horas for – vá lá que durante o período noturno, a coisa abranda!

No outro dia, dentro de um estacionamento subterrâneo e por causa de algo tão banal, que já nem me lembro o quê, criou-se uma fila considerável. E eis que alguém se lembra de buzinar…. Oh céus! Por favor!!! Buzinar na rua já é o que é, mas buzinar dentro de um estacionamento…. É o verdadeiro caos para a sanidade dos nossos queridos ouvidos.

Não! Buzinar não resolve nada. Na maioria das vezes só atrapalha. Se tu conduzes, já reparaste que quando há trânsito e se ouve uma sirene ficamos todos tipo baratas tontas a desviarmo-nos sem saber bem para onde. Ok, é necessário por vezes passar com urgência, mas já estava na hora de criarem umas coisas menos barulhentas, não? Basta chamar a atenção do pessoal com um som diferente… não é necessário aquele festival todo de ruído. Também concordas?

Será que é mesmo necessário….?

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O ano em que mudamos, ou ficamos para trás

Bom dia com ALEGRIA!

Os acontecimentos dos últimos dias deixaram-me sem palavras. Estive vários dias até conseguir articular dentro de mim, uma imagem sobre o momento (mais um) de mudança, que todos atravessamos.

Sim. Falo da América, e sim, falo da morte de George Floyd.

Não me identifico com “quadrados pretos”, nem “blackouts”. Desde os tempos de escola que sou fiel à teoria de que a cor preta é ausência de cor, enquanto a cor branca contém todas as cores do espectro do arco-íris. E o termo “blackout”, pelo menos para mim, significa ausência de luz.

Apesar de me sentir consternada com o que aconteceu, e sem palavras para exprimir o que sentia, publicar um quadrado “sem cor” nas redes sociais, não ia demonstrar a totalidade da minha incredulidade, nem tão pouco, a minha total incapacidade de compreensão sobre o que aconteceu. Não compreendo e acho que nunca irei compreender o que se passou. Mas de uma coisa eu estou certa, este é mais um momento de mudança nas nossas vidas, em que temos de ter a coragem para fazer muito mais, mas acima de tudo, fazer diferente. E ficar em silêncio, não é o caminho.

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Dar o melhor de mim

Na semana passada partilhei contigo a minha visão sobre a mensagem do universo, contida no incêndio da Notre Dame em Paris. E após ter escrito esse texto, comecei a reparar em várias publicações nas redes sociais, sobre a ajuda financeira que estava a ser disponibilizada para a recuperação da catedral, em comparação com a ajuda que Moçambique poderia estar a não receber, face a “não ter uma catedral”.

Moçambique foi alvo de uma tragédia enorme, com imensas complicações após o ciclone “Idai”. É algo tão vasto que me sinto impotente, para conseguir assimilar a totalidade da situação. Como é possível que o universo tenha tal poder, para destruir desta forma?…

Se com o incêndio em Paris senti que há uma mensagem de regeneração de mentalidades, em Moçambique com a destruição do ciclone, a mensagem maior que o universo nos pode transmitir, é a de que agora, mais do que nunca, este é o momento Continue reading “Dar o melhor de mim”