Curar e fazer as pazes com o passado

Há muito que oiço dizer que estamos todos interligados, que os nossos pensamentos e energia afetam o mundo à nossa volta, que aquilo que é repetido várias vezes no nosso pensamento, mesmo sem darmos conta, tem a capacidade de se manifestar no mundo físico.

Uns acreditam, outros nem por isso e duvidam, e está tudo bem.

No entanto, este é um conceito que já enraizei há muito dentro de mim. Já tive a possibilidade de perceber na prática que tudo está mesmo (!) conectado, e que as nossas energias se interligam como que numa malha cósmica, e que coincidências, simplesmente não existem.

Comecei em meados de março uma formação com a querida Inês Gaya, que me tem levado às profundezas do meu ser. E quando digo profundezas, é mesmo lá no fundo assim do tempo em que era criança, onde vivências e situações me marcaram de forma profunda. Essas memórias, que supostamente estavam resolvidas e apagadas, afinal estavam era dormentes e conseguiram limitar-me em determinados aspetos da vida. Umas já consegui identificar e fazer a cura, mas outras há que surgiram bem vivas novamente. Neste momento estou num firme compromisso em curar e fazer as pazes com o passado, o meu passado. Sem culpar ninguém, simplesmente observar, curar e transformar.

Curar e fazer as pazes com o passado

Este processo de ir ao passado, e identificar o que nos causou traumas, dores, bloqueios, faz parte do processo de cura de todos nós. É importante ir à raiz do problema para o podermos identificar, libertar e redefinir. É claro que isto não muda o nosso passado, nem tão pouco o apaga, mas permite que a pessoa que somos hoje possa passar a atuar e a viver numa mais alta vibração, sem as amarras e limitações que o passado nos colocou e com toda uma nova postura de perdão, aceitação e integração com amor.

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SER humano

Esta semana “crashei”.

Comecei a entrar em rotura interior comigo mesma. A embirrar com tudo o que me aparecia pela frente. Até o som do teclado (!!!) do meu marido, que está em teletrabalho, estava a ter em mim o mesmo impacto que um martelo hidráulico produz numa obra vizinha.

Saí. Tive de sair de casa para arejar as ideias.

Não fui a pé. Peguei no carro. Primeiro porque precisava de me sentir confortável, como num casulo e segundo, a ideia de apanhar chuva ou frio, não estava contemplada nas minhas necessidades. Se bem que goste de caminhar à chuva…! Mas precisava de estar comigo, a sós.

Conduzir acalma-me. Entro num estado meditativo que me proporciona clareza, e por vezes acontece-me canalizar informação, ideias que precisam vir à luz.

Mas acima de tudo, quando estou saturada de energia densa, preciso de ver o mar. Ver um espaço amplo e sem limites.

Tenho dias em que este confinamento faz-me sentir como um leão enjaulado. Nada me satisfaz e tudo me incomoda. Já alguma vez te sentiste assim?..

Este sentimento de “enjaulada” ajuda-me a fazer trabalho interior de auto-observação e a perceber, o que tenho de mudar em mim.

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