O dia em que fiz as pazes com Deus

Fui educada na religião católica. Batizada, primeira comunhão, crisma…. percorri, por assim dizer o percurso todo. O meu pai, foi educado num convento. Ali estudou até à idade adulta, mas tirando o meu casamento, não me lembro de o ver a frequentar a igreja (o que sempre me espantou, mas no entanto, nunca me contou a razão).

Cresci a pensar que tínhamos de ser muito bons, senão Deus castigava e íamos para o inferno. Na catequese, foi-me ensinado que era necessário haver a prática de confessar regularmente os meus pecados a um padre, para me purificar. Lembro-me de em vésperas de festividades, sempre que havia o tal momento da confissão, ter imensa dificuldade em enumerar os meus pecados. Pensando bem… qual será a criança que tem assim pecados para confessar?…

Ao crescer, comecei a perceber que as pessoas que iam à missa e que tinham um comportamento exemplar na igreja, cá fora nem sempre se passava o mesmo. Lembro-me inclusive de assistir a atitudes de julgamento e desrespeito por um ser humano, geradas pelo próprio padre em plena celebração da missa.

Zanguei-me com o padre. Zanguei-me com a igreja. Estava na adolescência e deixei de ir à missa. Voltei uns anos mais tarde, pelas mãos de amigos que pertenciam ao grupo de jovens da igreja, com a promessa de que o novo padre era fixe. Cheguei a cantar no coro da igreja. Mas o tal bichinho que se revolvia com algumas situações, ainda estava dentro de mim e causava-me comichões.

Casei pela igreja, eduquei os meus 3 filhos mais velhos na religião cristã. Ia à missa e até consegui convencer o meu marido a ir também (coisa que não fazia desde a infância). Mas houve um dia, em que me cansei de ouvir sempre o mesmo nas homilias: que nunca somos bons o suficiente; que Deus castiga; que o inferno e o purgatório são uma coisa horrível para quem não cumpre as regras (da igreja).

Zanguei-me de vez. Deixei de ir à missa. Zanguei-me com Deus por permitir que dentro da sua igreja houvesse pessoas que fazem mal a outras. Zanguei-me com Deus por julgar e punir. Que Deus mau é este? Não quero isto para mim, disse eu na altura.

Dentro de mim sempre houve algo que me dizia, que não podia ser assim tão mau, aquilo que a igreja me transmitiu. Que essa coisa da serpente, da culpada da Eva por ter dado ao Adão a maçã do paraíso, e da sentença do “parirás com dor”, era demasiado violenta e corrosiva.

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Curar e fazer as pazes com o passado

Há muito que oiço dizer que estamos todos interligados, que os nossos pensamentos e energia afetam o mundo à nossa volta, que aquilo que é repetido várias vezes no nosso pensamento, mesmo sem darmos conta, tem a capacidade de se manifestar no mundo físico.

Uns acreditam, outros nem por isso e duvidam, e está tudo bem.

No entanto, este é um conceito que já enraizei há muito dentro de mim. Já tive a possibilidade de perceber na prática que tudo está mesmo (!) conectado, e que as nossas energias se interligam como que numa malha cósmica, e que coincidências, simplesmente não existem.

Comecei em meados de março uma formação com a querida Inês Gaya, que me tem levado às profundezas do meu ser. E quando digo profundezas, é mesmo lá no fundo assim do tempo em que era criança, onde vivências e situações me marcaram de forma profunda. Essas memórias, que supostamente estavam resolvidas e apagadas, afinal estavam era dormentes e conseguiram limitar-me em determinados aspetos da vida. Umas já consegui identificar e fazer a cura, mas outras há que surgiram bem vivas novamente. Neste momento estou num firme compromisso em curar e fazer as pazes com o passado, o meu passado. Sem culpar ninguém, simplesmente observar, curar e transformar.

Curar e fazer as pazes com o passado

Este processo de ir ao passado, e identificar o que nos causou traumas, dores, bloqueios, faz parte do processo de cura de todos nós. É importante ir à raiz do problema para o podermos identificar, libertar e redefinir. É claro que isto não muda o nosso passado, nem tão pouco o apaga, mas permite que a pessoa que somos hoje possa passar a atuar e a viver numa mais alta vibração, sem as amarras e limitações que o passado nos colocou e com toda uma nova postura de perdão, aceitação e integração com amor.

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Encontro com o Eu superior

Hoje trago-te mais uma das meditações oferecidas nas “Partilhas com amor”, que têm acontecido online via Zoom, aos sábados.

Se ainda não as conheces, são partilhas totalmente gratuitas, onde podes experienciar os benefícios de uma meditação guiada, desde todo o conforto da tua casa.

Estas partilhas foram criadas, para que durante o confinamento pudesses ter acesso a momentos de bem-estar, que te ajudem a elevar a tua energia e vibração para um registo mais luminoso.  Segue-me nas redes sociais Facebook e/ou Instagram, para teres acesso às datas e mais informações de partilhas neste âmbito de benefício comunitário.

Nesta meditação, vamos viajar até um espaço sagrado onde iremos entrar em contacto com o nosso Eu superior, aquele que sabe o que é melhor para nós e que acede a todas as informações, nos guia e envia inspiração. Ele é a nossa consciência, que está em permanente contacto com o universo, com o divino, trazendo-nos as informações que mais necessitamos para vivermos uma vida mais harmoniosa.

Sendo assim a nossa mais alta consciência, estamos sempre em contacto com ele, o nosso Eu superior, então para quê conectarmo-nos? Se esta é a questão que te surgiu, digo-te que faz todo o sentido.

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Libertar a vergonha

Esta semana, ao receber a carta do oráculo com a mensagem do universo “Exposto e revelado”, uma carta que fala sobre os momentos de vergonha, confesso que estive ali a processar um pouco.

Tive alguma dificuldade em escrever sobre ela, nas “partilhas com amor” que estou a oferecer semanalmente, nos stories das minhas redes sociais.

Apesar de todos os oráculos terem um livrinho que inclui um texto a explicar as mensagens de cada carta, foi um processo algo demorado, e confesso que me passou pela ideia, tirar uma outra carta para a substituir (!..).

Por vezes, quando temos algo desafiante pela frente, há uma parte em nós que nos diz que é melhor esquecer, ir por outro caminho, ignorar para não enfrentarmos aquele desafio.

É-te familiar este sentimento?

Pois bem, acontece a todos! Mas também já aprendi, que quanto mais nos desviamos, ou evitamos os desafios para fugir deles, mais o universo nos atira com eles para cima. E com o universo não há volta a dar: se é para aprender, é até que a lição esteja aprendida! O que teria a “vergonha” para me ensinar naquele momento?…

E assim surgiu o apelo interior para escrever um post sobre libertar a vergonha, para que nada te limite, nem te prenda.

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Árvore divina – meditação guiada

Hoje começo a partilhar aqui no blog, as meditações guiadas que tenho oferecido online nas “Partilhas com amor”, via Zoom aos sábados, ao final do dia.

“Partilhas com amor”, é um programa de bem-estar totalmente grátis, para elevar a tua energia em tempos de pandemia. Já que temos de ficar em casa, vamos aproveitar para cuidarmos de nós emocionalmente, e aumentar o nosso bem-estar.

Como havia sempre quem quisesse repetir a meditação, após ter participado “ao vivo” no Zoom, quer fosse por ter gostado muito, quer fosse por ter “adormecido”, o que por vezes acontece…. 🙂 , hoje começo pela primeira meditação que ofereci.

Árvore divina, é uma meditação que te vai levar numa viagem interior de autoconhecimento e observação do teu ser e de todas as áreas da tua vida.

Aqui, vais poder conectar-te com as energias do centro da Terra e com o Cosmos, nutrindo com estas energias maravilhosas, todas as áreas da vida que estão a necessitar de um cuidado especial. Vamos também dar uma olhada global e cuidar da Tua árvore, como um todo.

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De geração em geração e a possibilidade de escolher diferente

“Se o trauma pode passar de geração em geração, também a cura pode.”

Bom dia Alegrias!

Hoje começo com esta frase que li há uns tempos no Instagram da Rebekah Borucki. Este era um tema que eu já sentia começar a fluir dentro de mim, com vontade de sair para a luz e o post da @bexlife fez a faísca necessária para que ele se manifestasse hoje.

Quantas vezes eu já ouvi dizer “o meu pai é assim, eu não tenho como ser diferente…”, “ai isto é coisa que corre na família…”, ou “quem sai aos seus não degenera…” e por aí adiante.

É te familiar? E acredito que as associações nem sempre são pelos melhores motivos, nem pelas facetas mais iluminadas da família.

É que quando as coisas correm bem e a vida flui feliz e alegre, está tudo bem e os assuntos da transmissão de genes dentro da linhagem são ignorados. Quer os bons, quer os menos bons, todos eles (os genes) devem observados com os olhos do coração. A escolha vem a seguir: amar os bons genes, ou libertar aqueles que queremos erradicar da nossa vida.

Hoje vamos abordar esta mesma questão da nossa linhagem, da transmissão de genes intra-familiar e o que fazer para a mudar, quando a cura é necessária. Sim, mudar e curar é possível! Cientificamente já ficou provado que o ADN pode ser modificado, logo não há mais necessidade de continuarmos a alimentar a cadeia de traumas, bloqueios e dores emocionais entre gerações.

De geração em geração e a possibilidade de escolher diferente

Doenças, vícios, traumas, bloqueios são pequenos traços presentes no ADN que passam de geração em geração, com toda a facilidade. São fragilidades que existem na nossa linhagem familiar e que herdamos sem termos noção da possibilidade de estar nas nossas mãos, a capacidade de manifestar a mudança e começar a parar já hoje, nesta mesma vida esse “fado” e curá-las.

Ai isso é muito complicado, podes até dizer. Sim, é complicado, exige trabalho e atenção constante, mas é possível. Tudo o que envolve mudança de transmissão de genes na família, requer a nossa atenção plena todos os dias, até que fique integrado na totalidade pelo nosso ser. Mudar um comportamento, uma doença ou um vicio que é carregado de geração em geração, não se trava de um dia para o outro. Pode levar meses, anos, ou até mesmo uma geração. Vai exigir energia. Vão haver momentos de fraqueza. Mas é nesses mesmos momentos em que queremos desistir, que a possibilidade de mudança pode manifestar-se.

Mas sabes? Com amor e convicção tudo se consegue curar.

E é mesmo por aqui que vamos começar: pelo Amor.

De geração em geração até Hoje

Quando queremos mudar um comportamento que já não nos suporta, a primeira coisa a fazer é declararmos o nosso amor por nós mesm@s. É enchermos os nossos pensamentos de ideias positivas, de frases que nos acalentem para podermos ganhar a energia e superar o obstáculo, deixando-o para trás, de vez.

É sabido que em terreno infértil nada cresce. Portanto, para fazermos crescer bons hábitos, boas energias e boa saúde em nós, temos de dar muito fertilizante, muitos nutrientes de amor ao nosso corpo. Lê ou relembra este post com mantras que estimulam e alimentam o amor-próprio e inspira-te.

A família é a nossa raiz principal. Todos os elementos que dela constam são ramificações do meu e do teu Eu. São elas que nos trouxeram até aqui e fazem de nós aquilo que somos hoje. A cada um deles devemos dirigir os mais puros sentimentos de honra e amor. Mesmo aqueles que por ventura possam ter sido um verdadeiro tormento nas nossas vidas, ou na vida de um nosso familiar. Amar é perdoar e perdoar oferece uma paz imensurável.

Para começar, sugiro-te que faças um pequeno exercício:

Pega numa folha de papel e enumera 8 aspectos que consideras defeitos no teu pai e na tua mãe (em separado), mesmo que já tenham falecido.

Depois, enumera 8 aspectos que amas no teu pai e na tua mãe (também em separado – 8 para cada um).

Agora faz o mesmo para ti:

8 aspectos que consideras defeitos;

8 aspectos que amas em ti.

No final, vê as semelhanças. Sublinha-as.

Vê aquilo que queres libertar em ti e que estão na tua linhagem.

Lê também as semelhanças que amas, que transportas contigo e queres preservar e/ou desenvolver.

E diz com todo o teu coração, com toda a tua convicção:

Eu sou assim. Eu amo-me. Eu sou a mudança positiva consciente aqui e agora.

Guarda esta folha num lugar onde a possas aceder com facilidade.

Fazer este exercício regularmente dá-nos a percepção daquilo que queremos desenvolver (porque amamos e é benéfico), ou mudar e libertar (porque não queremos mais repetir). Comportamentos negativos e padrões de atitudes repetitivos, em conjunto com bloqueios de emoções levam a que a doença encontre espaço para se manifestar na nossa vida. E não é isto que queremos, pois não?

Muitas vezes damos por nós a repetir atitudes erróneas que absorvemos ao longo da nossa educação, por parte de pais e avós, tios e outros familiares. Não é que eles tenham feito por mal; simplesmente fizeram o melhor que sabiam por nós e para nós.

Mas a nossa consciência global mudou e hoje temos o conhecimento e a possibilidade de parar o curso dessa transmissão. Chegou o momento de criares a tua realidade e mudares o rumo daquilo que queres transmitir às próximas gerações.

Sempre que deres por ti a repetir algo que faz parte da lista “defeitos”, diz mentalmente: eu vou ser melhor da próxima vez. E faz um esforço verdadeiro para que isso aconteça. Com o tempo vais perceber que estarás mais atent@ e irás perceber quando estiveres prestes a repetir um padrão que queres libertar, dando-te o espaço para parares e actuares diferente e melhor.

A lista é mesmo muito importante, pois ajuda-te a manteres presente o que não queres repetir.

Todas as noites ao deitar cria um momento de gratidão, onde incluis agradecer à tua linhagem familiar por todas as bênçãos, por todas as coisas boas que tens hoje e que és porque herdaste deles. Imagina-os envolvidos numa esfera de luz rosa e envia-lhes muito amor, mesmo aos que já não estão presentes fisicamente nesta vida.

E porque nem sempre a coragem e a força interior estão em alta, ofereço-te uma sugestão de mantra para aqueles momentos em que as forças baixam:

“Sim, isto é uma m•••a que vem de família, mas pára aqui porque EU sou a mudança.”

Pois é nestes precisos momentos de fraqueza que a faísca do milagre se acende e permite que a mudança se manifeste, positivamente.

A mudança está em ti. TU tens a possibilidade de mudar a tua vida para melhor, através da gratidão e do amor pela tua linhagem familiar, mas acima de tudo pelo amor por ti própri@, cuidando de ti e da tua vida com honra, respeito e muito amor.

Escolhe bem. Escolhe com sabedoria. Escolhe amor. Escolhe vida. A Tua vida.

Agradeço a tua presença e desejo que manifestes aquela verdadeira mudança, que tanto anseias.

Com amor,

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