Bom dia com Alegria!
Esta semana ouvi algo que me fez lembrar de uma marotice que fiz, quando era criança. Num Natal, depois de saber que seriam os meus pais a colocar os presentes na Árvore de Natal, e sabendo eu onde eles estavam “escondidos”, a minha criança interior não resistiu à intensa curiosidade e foi muito sorrateiramente abri-los para saber o que continham, muito antes do momento devido, a noite de Natal.
Foi dos Natais mais tristes que tive. Aquela magia vibrante de viver a expectativa e de tentar adivinhar o que os presentes continham, depois da ceia com a família e acima de tudo a alegria de os desembrulhar, partilhar essa felicidade com ela, simplesmente não existiu.
E porquê? Porque o meu comportamento tonto não conseguiu resistir à tentação de saber onde estavam os presentes, sem que os tivesse chocalhado antes e os ter aberto (supostamente muito disfarçadamente – a minha mãe diz que não…) sem que ninguém visse.
Logo, não foi surpresa nenhuma ter ouvido que um estudo revelou, que há uma grande percentagem de pessoas que quando começa a ler um livro, salta para as últimas páginas para saber qual o desfecho da história antes de ter lido todos os seus capítulos.
Caminhar rumo ao meu propósito e viver todos os momentos presentes
Estes são só dois exemplos de muitas situações semelhantes, que acontecem ao longo da nossa vida. Quantos de nós queimam etapas, só para chegar rapidamente ao resultado final?
Aquela experiência na infância (devia ter uns 8 ou 9 anos) foi para mim uma grande aprendizagem. Mas (!) confesso que ainda hoje tenho algumas lutas internas para me manter no momento presente, sem querer saltar logo para o fim.
Quando tenho alguma ideia nova que quero pôr em prática fico super entusiasmada e sim, custa-me um bocado controlar a impulsividade e ter de esperar que algumas etapas se desenrolem, durante o processo de maturação. Este sentimento é comum e faz parte da paixão existente no acto criativo, mas a paciência é uma arte que oferece os frutos mais deliciosos.
Ter a paciência de saber desfrutar calmamente de todo o caminho que vai de um ponto A, a um ponto B requer mestria. É algo que desenvolve e que requer tempo, e muita paciência.
Faz algum sentido num acto de fazer amor saltar os preliminares, as caricias e o toque físico para passar directamente ao orgasmo?….
Este é um exemplo radical, mas a base é a mesma. Um bebé, desde o momento da sua concepção leva cerca de 40 semanas a desenvolver-se na totalidade, para que nasça saudável e completo. Não há como alterar o processo. Quer dizer… há…, mas só em situações muito especificas e que justificam os meios. 😉
Toda a nossa evolução, todos os nossos projectos e processos têm o seu tempo certo para se materializarem, etapa após etapa. Não há como alterar este facto. E caso se decida por saltar etapas, o resultado não irá ser o melhor.
Então e se eu for muito impulsiv@, ou estiver muito entusiasmad@ com algo e quiser ver o resultado final, como é que aprendo a caminhar rumo ao meu propósito e viver todos os momentos presentes? Simples….
Meditar comendo como ritual para desenvolver a presença no agora
O meu professor da primária (Prof. Coelho – um ser super amoroso e muito paciente) dizia que para se conseguir absorver o alimento no seu todo, e retirar dele todos os seus benefícios, devíamos mastigá-lo 33 vezes (!!!). Em Medicina Chinesa, ouvi exactamente o mesmo, mas 30 anos depois. Ou seja, esta prática é mesmo verdadeira e útil.
OK, não é este o ensinamento que te quero passar, mas é parecido.
É uma meditação muito simples, que as crianças adoram fazer (não sem alguma dificuldade inicial) e que é excelente para desenvolver a nossa capacidade de estarmos no momento presente. Com a prática, ela desenvolve também a calma e a tranquilidade, ajudando também a gerir emoções mais explosivas.
Só precisas de ter um bago de uva, ou um mirtilo (uma azeitona também serve). Vamos lá!
- Senta-te confortavelmente;
- Pega num bago de uva, ou num mirtilo;
- Observa-o nos teus dedos. A sua forma, cor, consistência;
- Agora coloca-o na boca (sem o trincares!);
- Observa-o com o interior da tua boca;
- Rola-o de um lado para o outro com a ajuda da língua. Percebe qual a sua forma, textura e consistência;
- Dá-lhe uns pequenos toques com os dentes, sem o trincares. Sente se liberta algum sabor;
- Agora, dá-lhe uma pequena dentada. Suave;
- Sente o seu sumo a soltar-se. Como é que ele é? Doce, amargo, ácido?…
- É agradável?… Ou nem por isso…
- Coloca-o agora no lado esquerdo da tua boca. Que sabor/sensação sentes agora? É o mesmo?
- Agora, leva-o para o lado direito da tua boca. Faz o mesmo processo para o saboreares;
- Será que tem o mesmo sabor que tinha no lado esquerdo da boca?
- Começa agora a mastiga-lo suavemente. Sentindo toda a sua explosão de sabores;
- Sente a sua textura a desfazer-se lentamente, até que esteja pronto para o deglutires;
- Quando o engolires, sente também como ele se desloca através da tua garganta, esófago, todo o caminho até que o deixes de sentir. (Se usares uma azeitona, faz um processo idêntico para a remoção do caroço da boca)
Simples e fantástico, não é? E se quiseres elevar o nível sensorial desta meditação, experimenta fazê-la de olhos fechados. Faz toda a diferença! Convido-te a experimentares e a partilhares o que sentiste.
Sabias que esta meditação (sim, comer com atenção plena é também uma forma de meditar) pode ser uma verdadeira tortura para uns, e uma verdadeira delícia e experiência surpreendente para outros?
Mas como tudo na vida, mesmo para quem tenha alguma dificuldade em a realizar sem saltar etapas, é uma questão de força de vontade e prática regular.
Atenção plena com muito amor
Saborear uma refeição com toda a nossa atenção, em cada detalhe, em cada garfada, é como aprender a observar a paisagem à nossa volta e desfrutar do que vemos e sentimos, ou experienciamos enquanto nos deslocamos entre um ponto e outro, sejam eles quais forem que estivermos a viver, sem querer apressar o resultado final, aceitando, vivendo cada instante com muito amor, acreditando que merecemos o melhor e que o resultado vai ser muito bom, ajuda-nos a fazer a caminhada com mais leveza e harmonia.
E quando criamos harmonia ao longo da jornada, colocando em cada passo toda a nossa presença e todo o nosso amor, estamos a recolher energias para melhor podermos saborear o momento quando atingirmos a meta.
Manter o foco no nosso objectivo final é muito importante, mas mais importante é irmos tecendo as energias ao longo do caminho, sempre com uma atitude positiva, confiante de que o timing é o perfeito, que merecemos o melhor (mesmo que pelo meio possam surgir adversidades) e que aquilo que fazemos, fazemos da melhor forma que sabemos e com muito amor, por nós.
O universo é sábio e tem reservado para nós o melhor da vida. Mesmo que por vezes o que recebemos não seja exactamente aquilo que queríamos, mas sim aquilo que estávamos preparados para receber. Na certeza, porém, de que no final tudo se encaixa e tudo está certo. Pelo menos é assim que eu acredito e já recebi muitas provas de que assim é.
E para fechar, uma novidade maravilhosa: O meu espaço de terapias em Paço de Arcos já está pronto para te receber! Desde terapias holísticas (Reiki, Terapias Xamânicas, Cristais, Mesa Radiónica) a Meditação Guiada, estou disponível para te acolher neste novo espaço renovado, mais amplo e com uma imensa vibração de luz super amorosa. Marca aqui a tua sessão e desfruta de um imenso bem-estar em cada terapia.
Desejo que te tenha inspirado com este post sobre caminhar rumo ao meu propósito e viver todos os momentos presentes, e que com ele possas desfrutar de cada passo da tua jornada, com leveza e muito amor, rumo ao teu propósito.
Agradeço a tua presença e desejo-te uma semana muito saborosa.
Com amor,

Namaskar Teresa!
Parabéns pelo texto! Palavras e ações tão simples mas, ainda assim, por vezes tão difícil de colocar em prática…
Adorei a ideia da meditação!
Grata pela partilha! 🙏😉
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Grata querida Alda, pelo feedback lindo 🌸💖
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