Desta vez andei aqui às voltas e voltas sobre o tema a escrever neste post, mas sobretudo como o escrever. Desde a semana anterior, que um assunto ficou aqui a pairar no meu campo energético. Sentia que era um tema importante para transmitir, mas não tinha ideia de como o encaixar em forma de post, ou mesmo se deveria transforma-lo num. Eis que esta semana, enquanto estava com uma pessoa que já não via há imenso tempo, o tema voltou sobre outra perspectiva e então fez-se luz. Quando o Universo quer muito que tu manifestes uma coisa, ele arranja forma de a vida te mostrar que o tens de fazer. Depois é só uma questão de percebermos a mensagem, ou nem por isso. 😉
Vontade de gerar a mudança, e depois?
Há uns tempos, enquanto fazia uma pausa para recarregar baterias, dei por mim a ouvir partes de uma conversa que uns jovens estavam a ter, numa mesa atrás de mim. Pelo que percebi, são estudantes (universitários – ou em idade para isso) que se dedicam à causa de Missões. Ou seja, são jovens que em grupo (neste caso associado à igreja) vão a locais menos favorecidos do nosso país, e aí durante uma temporada (percebi que devia ser algo durante cerca de 7 dias) ajudam as pessoas locais nos seus afazeres, trazendo-lhes apoio físico, social e afectivo. E sendo esta uma acção social que lhes agrada bastante, segundo transpareciam, houve um deles que mencionou com algum pesar, que uma das pessoas onde tinham estado ultimamente, tinha partilhado que enquanto o grupo estava com eles, tudo corria às maravilhas, mas que quando o grupo se ia embora, voltava tudo ao mesmo; todas as implementações que tinham sido feitas e transmitidas, simplesmente se desvaneciam.
Eis que dei por mim a pensar, e em quantas mais situações na vida de um comum humano isto não acontece? Quantas vezes te propões a uma mudança na tua vida, em atingir novos objectivos com vista a uma melhoria na tua vida? Quantas vezes recorres a métodos novos de incentivo para criares essa mudança, seja com hobbies, terapias várias, idas ao ginásio, workshops, dietas e depois passado aquele estímulo inicial, tudo vai por água abaixo? Consegues reconhecer em ti esta situação?
Eu já passei por isto, sim! Já me disponibilizei para começar algo novo, para criar um novo hábito saudável na minha vida, e depois…”nicles”. Ao princípio, enquanto é novidade corre tudo muito bem. Depois, vem aquela fase em que aparece uma desculpa para o não fazeres (e falhas hoje, depois falhas uma outra, e mais outra, até que acabas por largar de vez); ou porque alguém te disse algo desencorajador e deixas que as dúvidas se instalem; ou simplesmente porque os resultados que queres obter, não aparecem logo. Digamos que esta última é aquela que mais energia e disciplina requerem da minha pessoa.
Qualquer mudança na nossa vida, requer um compromisso profundo com aquilo a que nos propomos e com o objectivo que queremos atingir. Se for algo básico ou simples de atingir, o caminho é mais fácil. Mas se é algo mais lá no topo, podes ter a certeza de que vai ser duro. Mas lembra-te, que desde o momento em que a fecundação do óvulo pelo espermatozóide ocorre, até que a gravidez culmine no nascimento de um bebé, decorrem 40 semanas. 40 Semanas! 280 Dias! Todo este tempo, para que do quase nada apareça um resultado fantástico em forma de ser humano, com uma série imensa de sistemas a funcionarem dentro dele! Não é fantástico? 280 dias para criar uma nova forma de vida!
O que falha então, quando não conseguimos manter o nosso propósito?
Acompanhamento. Sentido de compromisso. Vontade interior genuína. Medo da mudança. Falta de força para ultrapassar os obstáculos que possam surgir. Consciência plena do processo. Equilíbrio saudável entre flexibilidade e rigidez. Muitas mais… cada um de nós saberá, qual delas se encaixa melhor na sua situação.
O acompanhamento é talvez dos mais importantes. Quando temos alguém que nos incentive e nos ajude a manter o ritmo para alcançarmos os nossos objectivos, tudo se torna mais fácil. Uma mudança requer a introdução de um ritmo novo, e ter um acompanhamento ajuda o processo até que esse ritmo esteja integrado na totalidade.
O sentido de compromisso é algo que por vezes é difícil manter, especialmente se for algo que só esteja relacionado connosco.
A vontade genuína é aquele ingrediente mágico, que deve estar presente sempre. Se eu quiser mesmo, mas mesmo muito uma coisa, não vai haver nada nem ninguém que me impeça de a conseguir.
O medo. Ai o medo…. Aqui é uma questão da mente a comandar e a sentir-se insegura perante o desconforto da mudança, lançando alertas sobre as vantagens de desistir e manter tudo como estava. Quem nunca se viu nesta situação? Tramado, não é?
Quanto à consciência plena do processo, por vezes entramos tão de cabeça nas coisas, que não pensamos no quanto pode ser complicado, ou nos obstáculos que podem surgir pelo caminho. Para evitar as desistências, o tal acompanhamento em forma de ombro amigo, que nos faça perceber que é mesmo assim, que nem sempre é fácil, mas que é uma fase transitória, é algo muito importante. Nada de arranjar alguém que em vez de nos dar aquele empurrão (umas vezes dócil, outras um pouco bruto) tão necessário, nos vem dizer “ai sim, coitadinh@, ninguém merece tal sofrimento”. No pain, no gain! Se não houver dedicação, esforço e até alguma dor, os resultados não aparecem.
E quanto ao equilíbrio saudável entre flexibilidade e rigidez, como diz o meu professor de Yoga, por vezes temos de voltar um bocadinho atrás, para depois esforçarmos novamente mais um bocadinho, reconhecendo os nossos limites saudáveis, chegando um pouco mais além, sem criar rupturas; assim numa espécie de “ginga”.
Vou contar-te um segredo…
Algo que me ajuda a manter o ritmo e a não desistir de obter algo, é perceber o que me deixa desconfortável e criar uma lista com todos esses tópicos. Para cada tópico “negativo” que me pode fazer desistir, eu crio um antídoto “positivo”, que me dê força para continuar.
Por exemplo: para um “Estou cheia de sono e custa-me acordar tão cedo para fazer Yoga ou Reiki – fica na caminha que sabe melhor.” (“negativo”), contraponho com “Anda, levanta-te cedo que depois ficas cheia de energia, e isso faz-te sentir muito bem!” (antídoto).
Faz uma lista com os tópicos que sentires e achares necessários, e para reforçar o estímulo escreve-os em papel, ou no teu telemóvel/computador. Lê a lista sempre que necessitares. Se escreveres em papel, coloca-o em local onde o vejas regularmente, para que te ajude a integrar melhor a energia.
Lembra-te que para cada tópico “negativo” tens de criar um antídoto “positivo”. Quando leres a lista, dá mais ênfase aos antídotos; são eles que te vão dar a energia necessária para manteres o ritmo.
Ah, e muito importante (!!!), quando leres a tua lista, ou quando estiveres nalguma prática de auxílio à mudança, coloca um ligeiro sorriso. É que ao colocares um sorriso no rosto, ele liberta endorfinas (hormonas que produzem a sensação de bem-estar) e a mensagem que o teu cérebro vai receber, é que afinal aquilo que estás a fazer até é algo bom e agradável. 😉
Desejo que te sintas inspirad@ para atingires novos objectivos na tua vida, mantendo o ritmo rumo ao sucesso, o teu sucesso!
Agradeço a tua presença,
Teresa
Só mais uma dica: Sabias que dançar é outra forma de produzir endorfinas e aumentar a energia no teu corpo? Sempre que estiveres a precisar de um animo extra para fazeres algo, experimenta dançar. Depois conta-me como foi. Partilho contigo esta inspiração do youtube:
Gratidão pela imagem: @rosiekerr